Tuesday, December 12, 2006

Armei-me um cerco, dizendo que me conduz. O que escrever será vontade.

" Escuto estes desenhos como a um homem do campo que diz, sem querer, coisas mais importantes do que o que está a contar, e que põe tudo à mostra sem dar por isso. Através destes desenhos sigo grafologicamente o meu instinto à espera da minha vontade, - a minha querida ignorância a aquecer ao sol e a transformar-se na minha vez cá na terra."
Almada Negreiros

Acho que o homem do campo diz coisas que conhece; coisas que o conhecem a ele.
A terra espera pela vontade do homem do campo e o homem do campo espera pela vontade da terra. São coisas importantes, as vontades; a nossa vez de existir.

2 comments:

maria said...

:)
É tão engraçado encontrar sintonias nestes lugares, a que chegamos, por corridas dentro da rede e para onde se nos encaminha o gosto, através da ponta dos dedos...
e disse sintonias porque também parti do Almada, nas coisas de trabalho, para me conduzir num deslizar de palavras! :) neste caso, foi sobre Coimbra que o autor falou... e eu agarrei-me ao que disse e parti por ali!

"São coisas importantes, as vontades; a nossa vez de existir." ... :) depois destas palavras,se aqui conseguisse deixar luz, sair-me-ia já um arco-íris brilhantíssimo!!

dulcehelenaguerreiro said...

Olá Maria. Como não consegues? Não és tu a canetinha de oiro? Claro que chega aqui. Beijinho e um grande e feliz Natal.