Saturday, December 22, 2007

O verbo fez-se carne filho único de deus, para dizer "palavras de espírito e de vida". Onde há homens há palavras, onde há deus há verbo.
As outras coisas, não se importam. À nuvem podemos chamar-lhe carta ou canoa. Ao rio, rua do nilo. Rei ao sol, lua à lagoa, caravela à planta do mar. Epifania ao vento ou qualquer outro lugar. As coisas não se fizeram palavras.

(...)
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
Natal à Beira-Rio. David Mourão-Ferreira

O Clavis David. À nuvem podemos chamar-lhe epifania, menino mitra, luz poesia, lagoa ou mar ou qualquer outro lugar.

1 comment:

Sousa said...

"No príncipio era o Verbo e o Verbo fez-se carne e habitou entre nós."

Como eu gosto deste início...
...que a Paz do Senhor esteja contigo!